miércoles, 13 de abril de 2011

Pisco - Ilhas Balestas

No dia seguinte tratámos de dar um último giro pela cidade, comprar os bilhetes para Pisco e por volta das 20h apanhámos o autocarro para passar mais uma noite no busão.
De manhã chegámos a Pisco, que no ano de 2007 sofreu um terramoto de altas proporções, tendo sido o epicentro mesmo na cidade. Resultado: a cidade ficou bastante destruída. Mas como o Perú é um país bastante pobre, que só tem praticamente receitas do turismo, ainda não conseguiu angariar dinheiro para a reconstrução da cidade. Então, somente aos poucos e poucos é que estão a pavimentar as estradas e a recuperar edifícios. Volvidos 3 anos ainda há ruas de terra batida.
Quando saímos do autocarro reparámos que não tínhamos chegado à cidade, mas sim à Pan-Americana, ou seja à auto-estrada que percorre o continente Americano de Norte a Sul e portanto parámos quase no meio do nada. Tivemos bastante sorte, pois um senhor bastante honesto recomendou-nos um hostel (San Isidro) e uma tour a preços baixos. De maneira que apanhámos o taxi fomos até à cidade para nos instalarmos. O hostel tinha piscina e por isso pudemos dar um mergulho e descansar, pois a tour às ilhas balestas seria somente no dia seguinte pelas 7h.
No dia seguinte, mais uma vez atrasados, corremos para a carrinha que nos ia levar até ao porto. No caminho fomos apanhando mais turistas e eis senão quando o bruno grita:
"Olha!!" Eu meia a dormir lá abro um olho e quem vejo eu ?! O casal checo que fez a tour pelo Salar de Uyuni connosco. Acho que acordámos o autocarro todo porque começámos a falar duma ponta para a outra a perguntar se estava tudo bem.
Candelabro
Assim que chegámos ao porto para apanhar o barco já pudemos pôr a conversa em dia com os checos. Apanhámos o barco, uma espécie de Concha e fomos até à primeira paragem o candelabro. Uma espécie de linha de Nazca numa ilha inabitada.Umas linhas geométricamente desenhadas sobre a areia sem que alguma vez se apagasse ou sequer ficassem disformes. O mistério sobre o aparecimento desta figura ainda não foi desvendado. Não se sabe a idade, como foi feita ou sequer por quem, apesar de existirem várias teorias sobre o assunto. Como a figura está feita em areia não é possível os arqueólogos datar a sua origem no tempo. A teoria mais aceite e difundida é a que fala sobre piratas. Acredita-se que os piratas enterraram um tesouro naquela ilha e para saberem onde estaria o tesouro, quando voltassem mais tarde desenharam o candelabro.
Continuámos a nossa tour marítima e fomos ter às ilhas balestas, que têm esse nome porque a sua forma se assemelha a uma besta (arma medieval) que em espanhol se diz ballesta. Aí pudemos apreciar toda a vida natural que por lá habita. Dezenas e dezenas de pássaros de várias espécies diferentes, leões marinhos que ora se banhavam ao sol ora mergulhavam no mar para se refrescar e até pinguins! Uma ilha riquíssima em vida animal. Óbvio que tirámos montes de fotos e claro, para surpresa final eu e o bruno fomos presenteados com uma oferta vinda de um dos pássaros. Foi tão grande o presente que sujou o casaco dos dois. Mais uma voltinha para ver mais leões marinhos e tirar mais fotos enquanto o guia nos ia contando mais coisas.

Islas Ballestas

Leões marinhos e passáros às carradas :D

De volta ao hostel, arrumámos as nossas coisinhas e lá fomos nós de volta à auto-estrada de modo a apanhar o autocarro para Arequia. Esperavam-nos 10 horas de viagem até Arequipa.

ps: Não deixámos a cidade de Pisco sem antes ver um homem com a camisola das quinas vestida.

No hay comentarios:

Publicar un comentario